sábado, 31 de julho de 2010

ZON e Sagres investem 17 milhões porque acreditam na Liga portuguesa


O administrador delegado da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), Alberto da Ponte, acompanhado pelo presidente da Comissão Executiva da ZON, Rodrigo Costa, explicaram ontem as razões do elevado investimento que farão no futebol nacional. As empresas pagarão à Liga 4,25 milhões de euros por ano durante as próximas quatro épocas, ascendendo a um valor de 17 milhões de euros.
Alberto da Ponte, da Sagres, que já mantinha acordos de patrocínio com a Liga desde a época 2008/09, explica o que trará de inédito a parceria com a ZON.
«O aparecimento da Liga ZON SAGRES é crucial. Esta ligação estratégica a uma empresa líder num mercado de tecnologias será importante para todos. O futebol português será beneficiado. Ainda não estamos em condições de avançar com novidades sobre a promoção dos eventos, mas serão iniciativas surpreendentes. A credibilidade crescente do futebol português dá sinais. O aparecimento na Liga do doutor Hermínio Loureiro foi decisivo, uma pessoa que prezo em vários aspectos. E agora, com Fernando Gomes, temos igualmente total confiança nos caminhos que estão a ser seguidos. Há bons sintomas. O primeiro dos quais foi precisamente a duração deste contrato que celebrámos com a Liga, válido por quatro épocas. E foi sugestão de Fernando Gomes», adiantou Alberto da Ponte.
A sensação de confiança
Rodrigo Costa, da ZON, acrescentou: «A ZON é mais recente neste campo, sobretudo em comparação com a Sagres, mas chega a um mercado de cinco milhões de portugueses. Nos últimos quatro anos tem-se sentido um crescimento do mercado, mais gente nos estádios, mais entusiasmo, mais modernidade.»
Alberto da Ponte e Rodrigo Costa consideram igualmente útil a ligação aos clubes. A Sagres, de resto, está desde 1993 ligada à Selecção Nacional, mas além disso mantém vivas parcerias com Benfica, Sp. Braga, Olhanense, Académica, Portimonense e ainda com a Liga Portuguesa de Futebol Não Profissional. Para completar o panorama só parece faltar o FC Porto e o Sporting.
«Sim, talvez. Mas o FC Porto tem um acordo com uma marca concorrente e jamais nos imiscuiríamos. Quanto ao Sporting, não temos acordo, mas não é por culpa nossa, é uma história conhecida. Temos 65 por cento de quota de mercado em Lisboa, pelo que teria feito todo o sentido estarmos também ligados ao Sporting», disse Alberto da Ponte, da SCC, referindo-se a uma rescisão contratual feita pelo leões em Abril de 2009.
Um conflito já sanado, segundo explicou o responsável da Sagres, por acção do presidente José Eduardo Bettencourt (depois de dificuldades sentidas com a anterior direcção leonina) e que permitiu, ainda que sem patrocínio, o retomar de relações entre a marca e o clube. «Sou um grande sportinguista, tenho um lugar cativo no Estádio José Alvalade e a Sagres tem um camarote», certifica Alberto da Ponte, de forma divertida.
«Já eu tenho de admitir sou um benfiquista, mas garanto que nunca tinha falado sobre este assunto com o meu amigo Alberto da Ponte...», brinca Rodrigo Costa, presidente da Comissão Executiva da ZON.

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